18 de outubro de 2011

O silêncio das línguas cansadas

Desde minha estreia na blogosfera, há pouco mais de um ano (considerando o tempo da casa virtual antiga), passei por diversas fases. No início, o gás era total: um post por dia. Logo percebi que não teria fôlego, e desacelerei. Desde então, mantive a média de dois ou três post semanais. Uma e outra pausa, em momentos de crise.
Pois bem. O momento, agora, é bem particular: sensação de estar numa sala lotada de aeroporto, trocentas pessoas falando, um vozerio que se mistura a uma música ambiente indesejada, e de que nada mais faço além de acrescentar ruído à sala.
A dúvida, que nasceu há algum tempo, e que não para de saltitar no trapézio da mente é: continuo?
Quisera ter o fôlego de um Braulio Tavares, com invejável diversidade de assuntos e uma coluna diária (não folga nem nos domingos!), ou o talento de um Antonio Prata, para levar ao ar uma única e saborosa crônica semanal.
Mas claro que buscar espelhos ou ideais é tolice: o blog é meu, o texto é meu, e não faz sentido que ele seja mero decalque de alguém.
Cabe, sim, prestar atenção ao que venho sentindo, e que tenta responder à dúvida acima. Uma frase, que traduz muito bem esse sentimento, me ocorreu dia desses, ao cantarolar melodias do passado (recados mandados pelo universo? Sintonia fina com a música? Ambos, desconfio. Fato é que o cancioneiro nacional me assopra a trilha sonora perfeita, em inúmeros momentos). Trata-se de um verso de “Casa no Campo”, canção de Zé Rodrix: “Eu quero o silêncio das línguas cansadas”.
De hoje em diante, portanto, a atualização do blog acontecerá (quando e se acontecer) de modo completamente aleatório. Somente quando me der “os cinco minutos”. Assim, respeitando primeiramente a mim mesmo, poderei mostrar respeito com o leitor.

6 de outubro de 2011

Pausa

Nunca dei muita trela a esta história de precisar “recarregar as baterias”. Sempre me pareceu conversa fiada. Pois bem, por motivos que não cabem aqui, ela agora faz sentido.
Até breve, então.