1 de junho de 2012

De árvores e bichos

Entre um capítulo e outro do livro que estou traduzindo, dou uma voltinha pelo terreno. Os limoeiros estão absolutamente carregados, haja musse de limão e salada pra temperar. O abacateiro tampouco dá trégua: e dá-lhe vitaminas, saladas etc. Mulher e eu já estamos ganhando um tom de pele meio esverdeado. Os dois pés de mexerica, também quase arreando. Dizemos aos vizinhos: entrem, sirvam-se, podem se lambuzar. Em vão. A passarada chega na frente.


Chego perto do abacateiro, ouço um inconfundível farfalhar de folhas, vou ver... é uma cena inédita: quatro tucanos bailando, pra cá e pra lá. Paro para observar durante cinco looooongos minutos. Dois deles fazem seu lanchinho, traçando os frutos que só poderíamos catar com escada de bombeiro.

Ainda o Mundo Animal. Borboletas, saíras, quero-queros, beija-flores e tucanos: nunca eles estiveram a uma distância tão curta de mim, como nestes últimos meses. Cá pra mim, isso tem um significado que está longe de ser coisa rasa. E que não se traduz com palavras, é preciso sentir. Mas paro por aqui, para não estragar o post, tentando dar explicações racionais ao que a vida tem de melhor: os mistérios.