14 de julho de 2011

Flip 2: O meio-campo

Num evento literário com pelo menos dois participantes, o mediador é “o cara”. O sucesso ou o fracasso de uma mesa pode estar em suas mãos. Isso porque, às vezes, a conversa, por uma série de motivos inexplicáveis, acaba acontecendo com o freio de mão puxado. Faz toda a diferença, neste caso, quem está no meio: sua empatia com quem está conversando, em que medida se preparou para o evento, o elemento-surpresa que acrescenta a uma ou outra pergunta, fugindo ao roteiro pré-estabelecido... é neste momento que a habilidade do profissional fica escancarada.

Mediação refinada acabou tendo a Mulher, na mesa de que participou, com Suppa (ilustradora). Bia Hetzel, editora da Manati, foi o Paulo Henrique Ganso da FlipZona (versão Flip para os teens): mostrou perfeita visão do jogo, distribuiu passes (colocando a plateia/torcida na roda), não deu a nenhuma das duas o monopólio da palavra, levantava a bola redondinha para ambas. Um primor.

Outra escolha precisa foi a de Rodrigo Lacerda para entrevistar João Ubaldo Ribeiro. Patente, a intimidade entre ambos, nada de forçado, um deleite de papo. Um dos melhores momentos da Festa.