27 de julho de 2011

Erros criativos

Texto recente de Braulio Tavares sobre erros de leitura –  “Missa dos Infernos” em vez da placa verdadeira, “Missa dos Enfermos”, “Desajuste ama”, em vez de “Jesus te ama” etc – trouxe à baila uma cena que deve acontecer diariamente, em tudo quanto é canto.
Ainda mais saboroso é quando os erros de leitura se combinam com os de audição, contaminando a linguagem cotidiana. Você certamente conhece alguém que more numa casa germinada, que numa determinada situação tenha matado dois coelhos com uma caixa d’água, que tenha distraído o dente, que esteja furando um poço cartesiano, e por aí vai.
Minhas leituras erradas rolam, sobretudo, com sinopse de filmes na tevê. Nada que um bom detergente aplicado à lente dos óculos não resolva. Mas dia desses pintou uma leitura curiosa. Cena: dentro do ônibus, perto de Itapecerica. Vejo pintado no muro ao longe, à beira da estrada: “FORRÓ PUC”. Bacana, forró universitário está - ou esteve? - na moda, afinal. Mas, logo da PUC, com as Perdizes a mais de 40 kms de distância? Terão aberto um campus novo por aqui?
Foi quando “esqüintei" (leia assim mesmo, com trema; inventei agora: hélas, o português não tem verbo tão bom quanto squint) pra ver melhor. “FORRO PVC”.