19 de setembro de 2011

Badalação

Matéria do Suplemento Literário do Estadão aborda a ansiedade em torno do resultado do Man Booker Prize, “o mais prestigioso prêmio literário da língua inglesa”, que será anunciado em outubro. Bem a propósito: O menino que odiava mentira, de M. J. Hyland (Companhia das Letras, tradução de Angela Pessoa), que acabo de ler, foi finalista deste prêmio recentemente. Comprei atraído pelo texto da orelha. A Mulher leu primeiro e devorou. Pois bem. Houve dois momentos em que a leitura ameaçou decolar, o segundo deles lá pela pág. 280. Mas não passou de ameaça. Só insisti porque a sinopse era pra lá de interessante, e paguei pra ver se seria surpreendido na reta final. Nada.
Dia desses, Anna V., editora e tradutora residente no Rio, dedicou um longo post a Liberdade, de Jonathan Franzen, e à badalação em torno da obra. Quando um livro vira unanimidade e ganha comentários como “O livro do ano”, e autor ganha capa da Time etc, é de desconfiar. Vale ler o post-resenha de Anna, que caminha na contramão do que todos andam dizendo.
Cânone da literatura ocidental? Clássicos que não posso deixar de ler? Balela. Mais vale confiar no próprio faro e sair bailando no Bloco do Eu Sozinho.