13 de junho de 2011

Drops

Colecionei uma série de notas mentais para a volta. Se enfileirar todas, o post resultará quilométrico – o que, na internet, funciona como espantalho. Segue só uma palinha.

1.       Uma das coisas boas do período de micro-férias é a descoberta de blogs bacanas, como atesta a pequena esticada na lista de links ao lado. Para o internauta à deriva, uma verdadeira perdição. O lado positivo disso é poder desviar o foco, naquele momento do dia em que é vital espairecer, mudar completamente de assunto.
2.      Você, colega de profissão, o que diz quando lhe perguntam o que faz da vida, “Mexo com tradução”, “Trabalho com tradução” ou “Sou tradutor(a)”? Ou n.d.a.? Levei algum tempo para passar da segunda resposta (pulei a primeira, nunca fui muito de mexer) à terceira – ligeira mudança de palavras, mas que caminha par a par com a auto-estima. Mas passei. Resposta que dou de bate-pronto, ainda que eventualmente, como já vi acontecer, ela deixe o interlocutor com cara de paisagem. Taí, divagações a partir da leitura do post “Tradução, sim!”, no site de Petê Rissatti.
3.      Resenha de um livro de Maupassant (O horla, a cabeleira, a mão e o colar, Ed. Artes e Ofícios), no Estadão. São cinco, os tradutores, e o jornal dá o crédito a todos. Alvíssaras!
4.      Pela primeira vez sou tomado pelo forte impulso de, terminada a leitura de um livro, comprar a edição original em inglês, para cotejar com a tradução. Por causa dos erros? Muito pelo contrário. Devido à elegância na reprodução do estilo original e no fraseado, ao cuidadoso equilíbrio entre os registros coloquial e formal. O livro: Solar, de Ian McEwan (Cia. das Letras). Tradução de Jorio Dauster. Lolita, de Nabokov, também traduzido por ele, já tinha me causado uma senhora impressão. O assombro só fez aumentar. Dica: também no site de Petê, uma entrevista com ele.