20 de fevereiro de 2011

Despedida


Não, o adeus não é meu.

Parece maldição. Na música popular, isso já virou lugar-comum: basta que o artista atinja o auge de seu momento criativo, para nos deixar. Complô dos deuses? Raul Seixas, Elis Regina, Cazuza, Itamar Assumpção, Rodrigo Rodrigues são alguns dos inúmeros exemplos.

Rolou agora na blogosfera. José Geraldo Couto, (ex?) colunista da Folha, acaba de jogar a toalha. Crítico de texto denso e cristalino, e muitas vezes iluminador, escrevia num dos espaços mais arejados da internet, um dos raros em que se via uma genuína interação entre leitores e blogueiro, via caixa de comentários. Uma constante, ali, as contra-argumentações e réplicas, sempre num tom civilizado. Destaque para a generosidade de Zé Geraldo, que não deixava de dar atenção nem mesmo às críticas mais descabidas, daqueles que, em geral, precisam comunicar ao mundo sua carência de holofotes.

Ao partir, nos deixou esta imagem, que, como bem disse, “resume o encanto do cinema”. Partilhando com vocês, antes da (lamentável) retirada do link ao lado.