16 de maio de 2011

O revisor na moita

“O brasileiro é cordial! A penúltima placa que o Gervásio pendurou na empresa em São Bernardo: ‘Aqui não é festa de rodeio pra usar botina e calça justa socada no rego, se eu ver alguém aqui vestindo essas joças, vou fazer esse caubói fora da lei virar uma eguinha pocotó na festa de Barretos. Conto com todos. Assinado: Gervásio’. Seguuuuuura peão!”

(Coluna de Zé Simão, na FSP de hoje).


Fictícia ou não, a placa traz uma construção interessante. Repare que Gervásio não diz “se eu vir”, no subjuntivo, como mandaria a norma culta.

Claro. Nem Gervásio, nem você, nem ninguém (ok, consigo imaginar umas duas ou três exceções, talvez os mesmos que mantêm o “cujo” em sua fala) diz:

“Ok, se a gente se vir amanhã, eu te entrego o livro.”

Taí um caso em que a obrigação do revisor é ficar na moita. Ponto para Zé Simão.